Avançar para o conteúdo principal

Marginal à Noite

Finalmente participei na Marginal à Noite, depois de o querer fazer há já alguns anos e de até ter estado inscrita no ano passado, só este ano é que desfrutei desta corrida.

No início, eu e o CC iamos só os dois, mas depois os planos alteraram-se e decidimos levar a nossa Piruças. A ideia era eu ir a correr e a empurrar o carrinho, enquanto o CC se auto-propunha em bater o seu record pessoal, mas os planos alteraram-se de novo e afinal o CC foi calmamente a caminhar e a empurrar o carrinho da Piruças e eu auto-propus-me em bater o meu record pessoal :)

Pequeno aquecimento feito e despedimo-nos, eu fui tentanto furar para ficar mais à frente e ter uma partida menos condicionada pelas "chicanes móveis" e o CC, por seu turno, ficou para trás para garantir que a Piruças não era abalroada por ninguém!

O ambiente pré-corrida!
Partida dada! Não tomou muito tempo até que conseguisse arrancar, no entanto, medi o meu tempo tendo em vista a passagem nos tapetes para ter uma percepção mais clara do que seria o tempo de chip, ou seja, o meu tempo real de prova.
O início da prova é feito em subida e o constante trava-ultrapassa-sprinta pode criar mossa, mas tentei manter uma respiração regular e não me deixar influenciar por ritmos alheios, controlando assim a minha própria velocidade entre o confortável e o "à morte"!

Aos poucos, a corrida tornou-se mais fluída e a noite mais cerrada. Os kms iam-se sucedendo, e fiquei surpreendida quando os primeiros passaram por mim e já eu via ao longe a inversão da corrida, junto à Estação da CP de Caxias, ao km 4.

Percebi que ia num bom ritmo quando na viragem vi que o tempo estava abaixo dos 20 minutos, bastaria conseguir manter o ritmo que o objectivo se iria concretizar. Continuo, gerindo o esforço, e tentando não ficar tonta por constantemente olhar para quem vinha no sentido contrário, - uma mania que sei que me perturba imenso, mas que não consigo evitar! - consegui ver passar algumas caras conhecidas e gritei ao CC que não deu pela minha passagem!

Não demorou até que se aproximasse o km final, praticamente todo a descer, o que dá ânimo para um BOOST final :-) Força nas pernas e toca a ganhar velocidade até à meta! Nem quis acreditar quando vi que o tempo ia ser abaixo dos 40 minutos, isso significava que a minha velocidade média tinha sido bem catita e que sem dúvida, iria bater record de velocidade média, uma vez que não tinha nenhuma outra prova com a mesma distância para superar.

Terminei assim a corrida com um tempo total de 0:39:31, um tempo de chip de 0:38:43, o que me levou à melhor classificação que tive numa corrida: 1066 à Geral (em 4617 - 23%), 94 em Femininos (em 1622 - 6%) e estou ainda a aguardar a classificação no escalão.


Toca a alongar, a hidratar e a comer a bananinha para repôr o potássio e acalmar a fome que começava a instalar-se. Agora era só esperar pelos meus amores e ver as caras de satisfação/sofrimento de quem terminava a sua corrida!

Lá vinham eles, calmamente....

Os meus amores a terminarem!
... parece que a Piruças decidiu fazer companhia ao pai até ao km7, sendo que só depois adormeceu exausta, não aproveitando assim a consagração de terminar mais uma corrida oficial :)

Venha a próxima!!!

Comentários

TOP10 POSTS

ROUBADAS

Foram esta madrugada roubadas da nossa garagem as nossas três bicicletas :( Se tiverem alguma informação em relação às mesmas, entrem por favor em contacto comigo através do meu email xxx@gmail.com. Obrigada!!! Van Nicholas Zion 14'' (2010) (toda equipada com XT excepto desviador traseiro SRAM X9 e punhos gripshift, travões XT, selim Selle Itália SLK Lady Gel Flow) e Canyon XC 5.0 (2008) (pedaleiro LX, desviador dianteiro XT e traseiro X9, punhos gripshift, travões XT, selim Selle Itália SLK Gel Flow) Specialized Roubaix SL3 Pro (2011) com rodas Roval fusée SL25 e SRAM Red

Finalmente o jersey do FórumBTT

Cá está ele... Catita, não? Pronto a ser encomendado por toda a gente!!! Acho que há grandes probabilidades de existir uma edição especial PedalaDelas... ;-)

Páscoa na Cabreira

Sexta-feira rumei ao Norte mais um grupo de amigos... O destino: Serra da Cabreira O objectivo: Andar e pedalar na Serra Ficámos alojados numa casa fantástica património da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, que conseguiu albergar 9 caramelos e 9 bicicletas! Na primeira tarde, após descarregarmos os carros, fomos conhecer a zona, e nada melhor que um bocadinho de aventura... Fomos fazer um belo de um geocaching, e nada melhor para começar que o "Cabeceiras à Vista" ! Após um trilho sempre a subir cheio de picos, chegámos ao topo das antenas com uma vista fantástica de Cabeceiras de Basto, procurámos a cache durante mais de uma hora e com a temperatura a diminuir e o sol a pôr-se, decidimos desistir... Acho que a cache já não estava lá!!! :-) Sábado amanheceu frio e chuvoso, só por volta do meio-dia ganhámos coragem para sair de casa e tentar ir cumprir o nosso objectivo: pedalar na Serra da Cabreira! Felizmente, o trilho começava em Agra , uma aldeira turíst

Luna Run

Esta quinta-feira à noite fomos experimentar algo diferente, as chamadas LunaRuns organizadas pela Nike em várias cidades do mundo e que finalmente chegaram a Lisboa, mais propriamente ao Bairro Alto. O ponto de encontro era no Largo de Camões, às 20h30, já chegámos um bocadinho atrasados, mas ainda a tempo para entrar no evento que nos esperava... Foi dado o briefing e depois, trouxeram a "caixa do tesouro", que continha os mapas para o desafio que se iria iniciar de seguida. Tivemos uns momentos para estudar o mapa antes de ser dado o tiro de partida. Existia um ponto obrigatório e outros 4 alternativos, embora apenas fosse necessário a passagem em 4 pontos e não nos 5 existentes. Em cada um dos pontos estaria um elemento da organização que validaria o nosso mapa. O primeiro homem e a primeira mulher a chegar ganhavam um prémio Nike. Este era o mapa, e dado o apito todos começámos a correr... o ponto mais próximo foi o mais solicitado, mas tive sorte porque consegui

XTERRA MAUI | Ou o azarado Campeonato do Mundo...

Depois de muita preparação, dedicação e esforço esta época, eis chegado o momento de pôr à prova todo o tempo despendido a treinar. Um destino como o Hawaii era motivo suficiente para querer enfrentar o desafio, mas mesmo com todo o treino feito estava receosa sobre o que iria encontrar, sobretudo em termos de clima. Mas a verdade é que chegámos com uma semana de antecedência, para nos ambientarmos, descansarmos e entrarmos na rotina do novo fuso horário - sim, são 10h de diferença! A semana antes supunha algum descanso e as tão aguardadas férias, mas não podíamos deixar a forma totalmente de lado... tinha de continuar a haver algum treino... como não podia deixar de ser, e porque fomos 2 semanas, levámos a nossa Piruças connosco, pelo que tínhamos de treinar à vez, mas assegurámos que tínhamos uma babysitter de confiança para ficar com ela durante a prova, não deixando isto de nos causar algum nervoso miudinho, porque no Hawaii não falam português, certo? ;-) Mas é da prova que

7.º Trilho das Lampas

Ontem fui até São João das Lampas para participar pela primeira vez no Trilho das Lampas. Era uma prova que eu tinha na minha listinha daquelas provas que tinha que fazer porque já tinha visto um vídeo da edição de 2017 e tinha ficado com ela entalada. No ano passado, como estava lesionada não deu para fazer, mas não quis deixar passar mais um ano e lá fui eu até às Lampas. Como moro relativamente perto, passei com os miúdos à hora de almoço para fazer reconhecimento do sítio e levantar o dorsal para evitar a confusão. Planeei logo onde iria deixar o carro! Almoço tardio, últimos preparativos e arranco novamente em direcção às Lampas. Arranjo logo lugar no local planeado e vou ver o ambiente. Encontro algumas caras conhecidas, entre elas a minha querida Nani e o Aurélio, ponho a conversa em dia e ia começar o aquecimento que optei por fazer e sempre ajudou a começar mais lá da frente. Foto do Orlando Duarte A prova arranca com umas voltinhas no jardim, o que é giro, sobretudo

Sky Trail Camp Porto da Cruz 2019

Este fim de semana tive o privilégio de ir até Porto da Cruz na Madeira para participar no  Sky Trail Camp Porto da Cruz 2019 . Fi-lo integrada no grupo do João Mota, éramos mais de 30, alguns foram uns dias mais cedo e começaram logo a percorrer os trilhos fantásticos da ilha. Primeira foto captada por mim em Porto da Cruz Eu só me juntei na sexta, ao final do dia, mas bem a tempo de encontrar o pessoal, conhecer as minhas companheiras de quarto (a Rita e a Lúcia), lanchar com calma e vestir-me para ir correr. O 1.º treino do Sky Trail Camp, um nocturno de 9kms com 300mD+ começou um bocadinho depois das 20h previstas. Queria ir com o pessoal, uma vez que correr sozinha à noite sempre foi coisa que não me agradou, mas quando dei conta não via caras conhecidas e acabei por avançar ao meu ritmo, algumas vezes correndo sozinha e outras na companhia de desconhecidos. Na verdade, gostei da sensação de correr sozinha com uma luz na testa, mas porque sabia que existiam outras pes

Trilhos dos Reis

Não comecei 2018 da forma como gostava de ter começado. Depois de me sentir fortíssima até meados de Dezembro, talvez tenha abusado e a minha canela direita não gostou... impediu-me inclusivé de desfrutar a minha última prova do ano, a São Silvestre de Lisboa de que tanto gosto! No entanto, dia 1 de Janeiro de 2018, fui ver como o meu corpo tinha reagido à terapia que tinha feito no dia 29 de Dezembro. Fiz 30' de trail muito calminhos e senti-me bem. Nessa semana continuei, com medos e paninhos quentes a correr leve na passadeira para perceber se teria de abdicar também da minha primeira prova da época, algo que não queria nada que acontecesse. Mas a sorte protege os audazes e a minha audácia relativamente aos planos para este ano é alguma, tendo assim sido bafejada com a sorte de me ir sentindo melhor a cada treino que fazia. Na semana anterior aos Trilhos dos Reis tentei arranjar companhia para a viagem. Tinha-me mandado sozinha de cabeça para este desafio, o CC ficava co

Picos da Europa: a saga dos empenos ou crash course em montanha

"Estive a fazer contas, e devo ter estado cá há uns 24 ou 25 anos" digo eu, numa subida do demo, agarrada aos calhaus, já no 3.º dia de árduas caminhadas nos Picos da Europa. Devia ter uns 18 anos quando, ainda caminheira, fizemos uma viagem aos Picos da Europa nos escuteiros, recordo-me de algumas coisas: de ter de comprar umas botas novas porque as que levei "faleceram" nos Lagos de Covadonga, de comer leite condensado de bisnaga, da sidra, da Ruta del Cares e termos trocado as chaves das carrinhas com o outro grupo a meio do caminho e, no final, da frustração de não termos subido no teleférico de Fuente Dé porque o nevoeiro era mais do que muito e a visibilidade era nula. Desta experiência ficou sempre a vontade de voltar...este foi o ano! Com as várias provas canceladas, e as férias alteradas por essa via, tínhamos uma semana em Setembro para usufruir da montanha, durante bastante tempo andámos hesitantes entre Gredos e Picos, mas a ida aos Picos acabou por toma