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Trail do Marão

Um dos grandes desafios de início de época era este Trail do Marão, uma vez que era a prova com maior acumulado que iria fazer até agora. Sabia que tinha de a enfrentar com mais calma, mas não tinha dúvidas que a iria concluír!

Fui em família para Amarante. Conseguimos sair cedo na sexta para podermos fazer a longa viagem com calma e para podermos jantar a horas com os meninos e ainda levantar o dorsal.

E assim foi, chegámos por volta das 19h, levantámos o dorsal, fomos ao hotel, mas o restaurante para o qual tinhamos feito reserva estava uma confusão... longa espera para jantar e terminámos perto das 23h. No entanto, foi mesmo a tempo para podermos ver a partida às 23h da prova dos 105km que iria enfrentar a noite, a chuva que entretanto voltava a cair, o frio e ainda o gelo/neve nas zonas mais altas. De seguida toca a ir dormir!

De manhã, rumei à prova para me encontrar com os colegas da Strendure Running Team, uma vez que iriamos ter de apanhar autocarro para a partida, que o fizessemos juntos de forma a podermos conversare trocar experiências. E assim foi, e ainda deu para tirarmos uma foto grupo (quase) todo.

Ricardo, eu e a Sabrina (faltou o Pedro)
Faziamos aqui a estreia da camisola da equipa :-)


Assim que o Pedro chegou, lá apanhámos quase o último autocarro e fomos lá atrás, no último banco na conversa boa até Ovelhinha, em Gondar, de onde partiria a prova dos 25km.

Ainda tinhamos pela frente longos minutos, o que chegou para um veste e despe do impermeável devido à chuva que de vez em quando caia.


Partida dada pelas ruas estreitas do vilarejo, com direito a engarrafamento com paragem e/ou caminhada lenta, passados os estreitamento, voltámos a conseguir correr, em subida, como seriam praticamente os seguintes 11 kms! Não durante muito tempo... pelo menos eu, rapidamente comecei a acusar tensão nos gémeos dada a inclinação e o cansaço que já trazia para a prova. 




Muita caminhada e relativamente pouca corrida até ao 1.º abastecimento, onde estava a minha claque preferida. Para além das pendentes, muita lama e riachos onde molhar os pés desde o km4 :-P

@Carlos Pereira
Foi tão bom sair do trilho e ver os meus filhotes e o meu CC à minha espera e a puxar por mim! Com direito a fotos especiais, foi um abastecimento em que demorei um pouco, mas que me deixou mais leve.
Foto tirada pelo meu CC e gentilmente limpa de um plástico azul manhoso pelo Gonçalo Pais :-)

O elemento mais pequeno da claque a chamar por mim


Continuariamos a subir até sairmos da terreola...
@Karina Rocha
Apanhariamos uma subida até ao ponto mais alto onde caiu um belo granizo que me obrigou a recorrer ao impermeável que tinha guardado na mochila. E que bem que me soube ;-) Só o abri no topo, mesmo antes de começar a descer para mostrar a camisola da Strendure ao fotógrafo que lá estava :-D
@Fernando Ramos
A partir daqui o meu corpo a quem entretanto tinha dado uma valente dor de barriga, lá recuperou com o embalo da descida e acordou. E lá recuperei 16 lugares em F e 8 lugares no escalão F40.



Passei em trilhos tão bonitos, com ribeiras e levadas, e, revigorada que estava, voltei a conseguir subir com mais cadência e a descer o melhor que sei.



No 2.º abastecimento, comi pouco, nem dei conta que haviam Salt Bar, só via a minha claque reduzida, já que o mais novo tinha adormecido e estava no carro ao lado deles que estavam cá fora na estrada. Mas foi mais um boost de energia, e ainda me livrei do impermeável que vinha amarrado à cintura.

A mandar beijinhos à minha claque
A partir daí foi a curtir, ainda com algumas subidas, mas já com sentido na meta, as descidas eram nesta altura as rainhas e aproveitei-me delas o mais que pude.

No final, aplanava, e apanhavamos um trilho junto ao Tâmega que nos iria levar à meta. Começava a cair uma chuva chata e a energia começava a baixar. Tentei manter a passada e não baixar o ritmo, mas começava a sentir-me cansada.

Aqui veem-se as gotas grossas de chuva a cair sem misericórdia

@Photography Vieirinha
Mas a meta era já ali, num instante cheguei lá e fui recebida - dentro da tenda, porque cá fora chovia muito - pela minha claque completa ;-) Empenada, mas feliz! :-)


Não fiz um tempo brilhante, mas foi o que o meu corpo me deixou, e estou grata por isso! Terminei com 03:51:28, fiz 279 à geral (em 520), 34 em Femininos (em 116) e 12.º no meu escalão F40 (em 49).

Strendure Running Team
Strendure - Trail Running Endurance Coaching
Habilitare - Medicina Integrativa
#soalheiro
#bethewolf
https://trailrunningcoach.pt

Para comemorar o belo empeno fomos ao fantástico restaurante Pena, para um belíssimo jantar acompanhado de Soalheiro ;-)


A manhã seguinte ainda foi passada em Amarante a passear e a visitar o museu Amadeo Souza Cardoso, e a encontrar amigos que não via há anos (meus antigos chefes dos escuteiros) dentro da Igreja de S. Gonçalo! :-)

Relive 'Morning Run'


ps - Algumas fotos sem créditos foram tiradas pelo meu CC e outras por outro atleta que por agora não me recordo o nome, mas assim que redescobrir irei fazer-lhe referência já que mostram tão bem algumas zonas fantásticas da prova.

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