Nunca tinha ido correr ao Algarve, por isso achei boa ideia testar os trilhos da Rocha da Pena na sua night edition. Ouvi dizer que os trilhos por lá são muito quentes durante o dia, pelo que era uma boa ideia experimentar mais uma incursão nocturna! Acho que estou a começar a achar piada... 😎
Era um toque e foge, ir e vir logo a seguir à prova, mas a malta é rija (e uma playlist dançante (e cantante 😝) ajuda)!
Fui para baixo não muito confiante, vinha de uma lesão, ás vezes ainda sentia desconforto, e sentia o gémeo a apertar durante a viagem, mas lá fui, para o que desse...
Ao chegar quase logo encontrei caras conhecidas e colei-me logo à foto do João Menezes e suas muchachas 😊 A Ritinha e o João iam à Ultra, a Lurdes e eu fomos ao Trail Longo.
Vi a partida da Ultra e depois faltava uma horinha para a minha partida, o CC foi dar uma volta de BTT e eu fui trocando conversa com a Lénia (que foi experimentar os 16kms) e o Sr. Triatlo David Caldeirão (que foi jogar charme aos 25km e fez top10). Depois encontrei a Anabela com quem pus a conversa em dia quase até à partida. Encontrei colegas de equipa na partida, e claro que só os vi por pouco tempo! Malta que corre muito ;-)
Como é meu apanágio, parto à morte, feita louca atrás dos outros, esquecendo-me de qualquer dor, depois faleço durante uns tempos e volto à vida passado uns kms... nos entretantos, tive a companhia do João Rosa, que foi à vida dele quando faleci ;-)
Passou o primeiro abastecimento e não precisava de líquidos, apenas "roubei" tomate com sal e uns frutos secos que acabei por não conseguir comer e guardei no bolso dos calções. Mesmo assim, fui apanhada com bochechas à esquilinho pelos paparazzis ;-)
A partir daqui comecei a voltar à vida, uma descidinha com pouco gradiente e muito rolante e tarda nada estávamos a abordar a Rocha da Pena.
O acesso inicial era inclinadito e convidava à caminhada, mas cedo senti que conseguia meter trote, e fui a trotar por ali acima, devagarinho, controlada, mas sempre a passar pessoal. No topo tinha o trilho mais divertido da prova, fazia parte de uma PR e era cheio de pedra sendo preciso contornar ou saltitar por cima das ditas cujas, mas dava para fazê-lo a correr e deu-me imenso gozo! O topo tinha uma vista fantástica, mas ao contrário do que eu pensava, nem se vislumbrava o mar...
Seguia-se uma descida rápida de pedra, a fazer-me lembrar os meus trilhos da Maúnça, senti-me em casa. Nesta altura decidi meter um gel, o único que levava, algo que não fazia há muito tempo. O percurso era bastante rápido nesta fase, e estava a dar-me um gozo bastante grande. Começava a escurecer e numa zona mais fechada achei necessário ligar pela primeira vez o frontal que tinha tirado recentemente da mochila, numa subida, enquanto trotava.
O frontal, o tal que me gabava de ter as mesmas pilhas desde Janeiro e não ter dado sinal de fraquejar... pois bem, tinha comprado pilhas, colocado na mochila, mas à última hora achei que no máximo ia precisar de 1h de luz e que aquelas pilhas ainda se iam aguentar... deixei, portanto, as pilhas no porta bagagem...
Pois bem, liguei o tal do frontal na zona mais densa, e o que é que aconteceu passado uns 2 minutos? Ele começou a piscar, a dizer-me que as pilhas estavam a ficar nas couves... oh so nice! Nesta altura, lembrei-me do Jaime Beato e do seu directo no PT281 quando ficou às escuras porque tinha levado as pilhas erradas, no meu caso, foi ainda mais PARVO! Cromice pura!
Decidi colocar no modo frontal da BERG, ie modo econónico e que mesmo assim dava mais luz que o meu velhinho frontal manhoso da BERG, e poupar o modo mais forte para as descidas. Quando abria um bocadinho e a luz natural ainda era suficiente, desligava o foco, ligava novamente só quando era preciso. Quando apanhava alguém à frente com boa luz também me "aproveitava", na verdade, consegui fazer render a luz do frontal até ao fim!
Quando passei o 2.º abastecimento, e como ainda tinha bastantes líquidos nem parei, nessa altura, juntavam-se ao trilho o pessoal dos 16kms. Quase logo a seguir, numa mini descidinha bem inclinada de terra solta, resvala-me o pé direito que torce e caio de rabo no chão - há sempre uma primeira vez! - mas o sacana do tornozelo ficou dorido e mal consegui dar os três próximos passos! ARGH! Só pensava "vinha tão bem, queres ver que agora fico aqui?", uma rapariga grita-me "não páres enquanto está quente!", e lá consegui voltar a dar uns passos mais normais e, em menos de nada, estava de novo a correr.
Nessa altura ficava escuro a valer, era uma zona de um single com muito pó de terra solta e meio inclinado (de certeza que foi cavado de propósito para o efeito), íamos todos a correr em filinha indiana e eu a "chupar" a luz do holofote da coleguinha da frente :-P
Algures por aí, voltei a encontrar o João Rosa que tinha abrandado devido a cãibras, mesmo assim, conseguia correr, perguntei-lhe se não queria um comprimido de sais para ver se ajudava. Fomos juntos até à descida final. Eu ainda havia de quase me esbardalhar novamente, mesmo ao chegar ao último atravessamento de alcatrão, não fossem as costas fofinhas de um senhor que ia à minha frente, aqueles metros de terra eram todos meus... de certeza que ia levar uma boa nota técnica :-P
Não caí, mas ambos (os dois) gémeos prenderam e guincharam de dor logo ali... Ah e tal e se eu também metesse um comprimidinho de sais? Só faltavam 3 subidas lixadas, a última com o sugestivo nome de "Subida da Morte" :-P
Lá fomos, em trote ou em caminhada quando a inclinação do trilho obrigava, a descer conseguia soltar-me, e o João ia buscar-me novamente na subida seguinte. Era catita de ver o rasto de luz que era possível alcançar por aquelas subidas fora...
Água fresquinha antes da morte, subida à morte e, um Hi5 ao João que me disse para ir descendo (que ele já lá ia ter), a meta era já ali! Ligo o frontal no máximo e faço-me à descida com alma ;-)
Termina a descida e ainda teríamos de contornar o recinto e entrar na zona do campo de futebol onde era a meta onde ainda passo mais gente (deviam ser dos 16kms)... ao entrar no garrafão de meta, vejo uma menina, sorrimos uma para a outra e desatamos as duas num sprint até à meta... fui buscar forças sei lá onde, mas não precisámos de foto finish - e dizem as más línguas que eu até inclinei a cabeça para a frente LOL - mas fomos a ver, e ela era dos 16kms :-)
Entretanto diz o Joca, Soraia Gomes, 1.ª F40! Really? Pronto, parece que correu mesmo bem! Acabei com um 7.º à geral e 1.ª F40, em 3h16 para cumprir os 24kms com 1190m D+, foi um fantástico regresso da lesão! 👌
Comi e "bubi" no final da prova e lá vejo o João Rosa e peço à Cláudia para nos tirar uma foto! Obrigada pela companhia e pelas dicas ;-)
Anunciavam os pódios para breve, decidi ir ao carro trocar de camisola, mas vai na volta, demorou muito e fizeram só o pódio dos 16kms, enquanto ia jantando. Estava vento frescote, e não estava muito confortável. O Joca anunciou que dentro de uns minutos iam dar início os pódios dos 25kms. Fui ter com ele, para saber quantos minutos faltariam, porque estava cheia de frio e sabia-me bem uma banhoca antes do pódio. Combinámos 20' e foi mesmo à justa :-P
A banhoca é que não deu para aquecer... água geladinha para recuperação muscular ;-) Tudo a pensar no bem estar do atleta!
Lá fui ao pódio e zarpei logo a seguir que já não aguentava de frio, sobretudo depois de estar com o cabelo molhado... mesmo assim chegada muito tardia a Lisboa, como era de esperar, o que vale é que no dia seguinte foi dormir até acordar AHAHAHAH
Gostei da prova, maioritariamente rolante com um início parte pernas e um final mais lixado que eu nem imagino fazer à chapa do sol... Se suava em bica à noite! Os abastecimentos quase nem os "provei", mas ouvi dizer que até haviam "crackers com marmelada" ;-) Miminhos no balneário feminino antes da prova, caso nos tivessemos esquecido de alguma coisa, uma boa área para ficar com piscina disponível para as famílias, uma camisola de prova espectacular (TOP! Literalmente), um jantar à maneira, e umas surpresas engraçadas durante o percurso! Valeu a pena a viagem ;-)
Era um toque e foge, ir e vir logo a seguir à prova, mas a malta é rija (e uma playlist dançante (e cantante 😝) ajuda)!
Fui para baixo não muito confiante, vinha de uma lesão, ás vezes ainda sentia desconforto, e sentia o gémeo a apertar durante a viagem, mas lá fui, para o que desse...
Ao chegar quase logo encontrei caras conhecidas e colei-me logo à foto do João Menezes e suas muchachas 😊 A Ritinha e o João iam à Ultra, a Lurdes e eu fomos ao Trail Longo.
Vi a partida da Ultra e depois faltava uma horinha para a minha partida, o CC foi dar uma volta de BTT e eu fui trocando conversa com a Lénia (que foi experimentar os 16kms) e o Sr. Triatlo David Caldeirão (que foi jogar charme aos 25km e fez top10). Depois encontrei a Anabela com quem pus a conversa em dia quase até à partida. Encontrei colegas de equipa na partida, e claro que só os vi por pouco tempo! Malta que corre muito ;-)
Como é meu apanágio, parto à morte, feita louca atrás dos outros, esquecendo-me de qualquer dor, depois faleço durante uns tempos e volto à vida passado uns kms... nos entretantos, tive a companhia do João Rosa, que foi à vida dele quando faleci ;-)
Passou o primeiro abastecimento e não precisava de líquidos, apenas "roubei" tomate com sal e uns frutos secos que acabei por não conseguir comer e guardei no bolso dos calções. Mesmo assim, fui apanhada com bochechas à esquilinho pelos paparazzis ;-)
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by Jorge Sousa à saída do 1.º abastecimento |
O acesso inicial era inclinadito e convidava à caminhada, mas cedo senti que conseguia meter trote, e fui a trotar por ali acima, devagarinho, controlada, mas sempre a passar pessoal. No topo tinha o trilho mais divertido da prova, fazia parte de uma PR e era cheio de pedra sendo preciso contornar ou saltitar por cima das ditas cujas, mas dava para fazê-lo a correr e deu-me imenso gozo! O topo tinha uma vista fantástica, mas ao contrário do que eu pensava, nem se vislumbrava o mar...
Seguia-se uma descida rápida de pedra, a fazer-me lembrar os meus trilhos da Maúnça, senti-me em casa. Nesta altura decidi meter um gel, o único que levava, algo que não fazia há muito tempo. O percurso era bastante rápido nesta fase, e estava a dar-me um gozo bastante grande. Começava a escurecer e numa zona mais fechada achei necessário ligar pela primeira vez o frontal que tinha tirado recentemente da mochila, numa subida, enquanto trotava.
O frontal, o tal que me gabava de ter as mesmas pilhas desde Janeiro e não ter dado sinal de fraquejar... pois bem, tinha comprado pilhas, colocado na mochila, mas à última hora achei que no máximo ia precisar de 1h de luz e que aquelas pilhas ainda se iam aguentar... deixei, portanto, as pilhas no porta bagagem...
Pois bem, liguei o tal do frontal na zona mais densa, e o que é que aconteceu passado uns 2 minutos? Ele começou a piscar, a dizer-me que as pilhas estavam a ficar nas couves... oh so nice! Nesta altura, lembrei-me do Jaime Beato e do seu directo no PT281 quando ficou às escuras porque tinha levado as pilhas erradas, no meu caso, foi ainda mais PARVO! Cromice pura!
Decidi colocar no modo frontal da BERG, ie modo econónico e que mesmo assim dava mais luz que o meu velhinho frontal manhoso da BERG, e poupar o modo mais forte para as descidas. Quando abria um bocadinho e a luz natural ainda era suficiente, desligava o foco, ligava novamente só quando era preciso. Quando apanhava alguém à frente com boa luz também me "aproveitava", na verdade, consegui fazer render a luz do frontal até ao fim!
Quando passei o 2.º abastecimento, e como ainda tinha bastantes líquidos nem parei, nessa altura, juntavam-se ao trilho o pessoal dos 16kms. Quase logo a seguir, numa mini descidinha bem inclinada de terra solta, resvala-me o pé direito que torce e caio de rabo no chão - há sempre uma primeira vez! - mas o sacana do tornozelo ficou dorido e mal consegui dar os três próximos passos! ARGH! Só pensava "vinha tão bem, queres ver que agora fico aqui?", uma rapariga grita-me "não páres enquanto está quente!", e lá consegui voltar a dar uns passos mais normais e, em menos de nada, estava de novo a correr.
Nessa altura ficava escuro a valer, era uma zona de um single com muito pó de terra solta e meio inclinado (de certeza que foi cavado de propósito para o efeito), íamos todos a correr em filinha indiana e eu a "chupar" a luz do holofote da coleguinha da frente :-P
Algures por aí, voltei a encontrar o João Rosa que tinha abrandado devido a cãibras, mesmo assim, conseguia correr, perguntei-lhe se não queria um comprimido de sais para ver se ajudava. Fomos juntos até à descida final. Eu ainda havia de quase me esbardalhar novamente, mesmo ao chegar ao último atravessamento de alcatrão, não fossem as costas fofinhas de um senhor que ia à minha frente, aqueles metros de terra eram todos meus... de certeza que ia levar uma boa nota técnica :-P
Não caí, mas ambos (os dois) gémeos prenderam e guincharam de dor logo ali... Ah e tal e se eu também metesse um comprimidinho de sais? Só faltavam 3 subidas lixadas, a última com o sugestivo nome de "Subida da Morte" :-P
Lá fomos, em trote ou em caminhada quando a inclinação do trilho obrigava, a descer conseguia soltar-me, e o João ia buscar-me novamente na subida seguinte. Era catita de ver o rasto de luz que era possível alcançar por aquelas subidas fora...
Água fresquinha antes da morte, subida à morte e, um Hi5 ao João que me disse para ir descendo (que ele já lá ia ter), a meta era já ali! Ligo o frontal no máximo e faço-me à descida com alma ;-)
Termina a descida e ainda teríamos de contornar o recinto e entrar na zona do campo de futebol onde era a meta onde ainda passo mais gente (deviam ser dos 16kms)... ao entrar no garrafão de meta, vejo uma menina, sorrimos uma para a outra e desatamos as duas num sprint até à meta... fui buscar forças sei lá onde, mas não precisámos de foto finish - e dizem as más línguas que eu até inclinei a cabeça para a frente LOL - mas fomos a ver, e ela era dos 16kms :-)
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By Cláudia Guerreiro - ia tão rápido que ficou desfocada :-P |
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by Cláudia Guerreiro - o fair play depois do sprint ;-) |
Comi e "bubi" no final da prova e lá vejo o João Rosa e peço à Cláudia para nos tirar uma foto! Obrigada pela companhia e pelas dicas ;-)
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by Cláudia Guerreiro - com João Rosa |
A banhoca é que não deu para aquecer... água geladinha para recuperação muscular ;-) Tudo a pensar no bem estar do atleta!
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by Hugo Fonseca |
Gostei da prova, maioritariamente rolante com um início parte pernas e um final mais lixado que eu nem imagino fazer à chapa do sol... Se suava em bica à noite! Os abastecimentos quase nem os "provei", mas ouvi dizer que até haviam "crackers com marmelada" ;-) Miminhos no balneário feminino antes da prova, caso nos tivessemos esquecido de alguma coisa, uma boa área para ficar com piscina disponível para as famílias, uma camisola de prova espectacular (TOP! Literalmente), um jantar à maneira, e umas surpresas engraçadas durante o percurso! Valeu a pena a viagem ;-)
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