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7.º Trilho das Lampas

Ontem fui até São João das Lampas para participar pela primeira vez no Trilho das Lampas. Era uma prova que eu tinha na minha listinha daquelas provas que tinha que fazer porque já tinha visto um vídeo da edição de 2017 e tinha ficado com ela entalada. No ano passado, como estava lesionada não deu para fazer, mas não quis deixar passar mais um ano e lá fui eu até às Lampas.

Como moro relativamente perto, passei com os miúdos à hora de almoço para fazer reconhecimento do sítio e levantar o dorsal para evitar a confusão. Planeei logo onde iria deixar o carro!

Almoço tardio, últimos preparativos e arranco novamente em direcção às Lampas. Arranjo logo lugar no local planeado e vou ver o ambiente. Encontro algumas caras conhecidas, entre elas a minha querida Nani e o Aurélio, ponho a conversa em dia e ia começar o aquecimento que optei por fazer e sempre ajudou a começar mais lá da frente.

Foto do Orlando Duarte
A prova arranca com umas voltinhas no jardim, o que é giro, sobretudo para quem está a assistir à prova, depois um pouco de alcatrão até entrarmos nos trilhos um pouco mais à frente. O ritmo é alto e eu estou consciente que se me mantiver muito tempo a este andamento vou queimar, mas o terreno encarrega-se de travar um pouco o ritmo. Desde que entrámos nos trilhos deixei de ver meninas, vi uma à minha frente no início e depois fui rodeada de homens. Já a chegar à descida para a praia da Samarra, o Paulo da minha equipa encosta atrás e fomos juntos um pouco, perdi-o um pouco mais à frente, essa zona era muito bonita, o acesso à praia, a levada até à azenha onde estava o primeiro abastecimento, onde rapidamente peguei numa banana e me fiz à vida, a passagem na praia e subida da arriba do outro lado 💚
Foto do Jaime Maurício
Entrávamos agora numa zona de estradão, uma vez que por razões de segurança não houve autorização para percorrer aquelas arribas. Mesmo assim, víamos o mar. Foi nessa fase que apanho o Rogério Machado e fomos juntos até São Julião. Estraguei-lhe os planos para tirar uma foto do pôr do sol 😋

Arrependo-me de não ter posto água no flask pequeno, mas tenho um boost de energia quando o senhor me diz que era a 4ª menina! A subida era tramada, no início fez-me lembrar Casaínhos e quando me viro para trás para comentar com o Rogério percebo que já o perdi. Nessa altura oiço o senhor a dizer para outra atleta "a menina é a 5.ª mas a 4.ª vai já ali!", era a Inês Peixoto com uma bisga e eu nem tive como reagir... foi deixá-la ir ;-)

Sigo, começa o rendilhado do terreno, até ali só tinha cerca de 200m de acumulado, supostamente faltavam 500m até à meta... Apanho um outro colega de equipa que não conhecia que ia de Vibram 5 Fingers, trocámos umas palavras (eu não me calo) e fomos-nos a revezar durante bastante tempo.

Entretanto cai a noite e é hora de ligar o frontal! Parece que entrei num jogo de realidade virtual... a forma como a luz reflecte na relva é muito engraçado... só tinha corrido à noite em Porto da Cruz, porque é algo que sozinha não tenho coragem de fazer, tenho assim um... medinho! 😝 Mas em prova, não há medo que me pegue e, mesmo no trecho em que seguia sozinha, foi tranquilo! Se bem que cheguei a pensar que se me aparecesse alguém à frente ou um animal ainda me dava uma coisa má 😁

Creio que é na Catribana que existem umas tochas a iluminar o caminho e posso dizer-vos que é assim qualquer coisa! Transporta-nos para outros tempos! Gostei muito!

Os kms avançavam e a minha água e o meu Tailwind estavam prestes a terminar, e eu achava que não havia mais nenhum abastecimento, mas havia e eu fiquei tão contente quando o vi! Enchi o flask pequeno com água, peguei numa banana e em amendoins e siga...

Estava quase, quase. Perto da zona onde os percursos se cruzavam, passo a moça que ia em 4.º lugar e que vim a saber era também do meu escalão. A seguir, entramos numa quinta com alguns obstáculos para ultrapassar: árvores deitadas para passar por cima ou por baixo, umas pedras para trepar... ARGH! A perna esquerda prende... cãibras! Mas vá, ainda "mexia"... estava quase quase a chegar, a meta era já ali! Estava feito o Trilho das Lampas 💚

Uma nota à organização: marcações fantásticas, era impossível alguém se perder neste percurso, as fitas e marcações com reflectores para garantir que eram vistas; abastecimentos com o que era preciso; voluntários disponíveis e colaborantes! 👍

Como uma sopinha e uma bifana, vou ver a classificação e percebo que terminei mesmo em 4.º lugar e fui 2.ª F40! A minha melhor classificação de sempre, tendo em conta o número de pessoas que participaram!

Fiquei foi a gelar para ir ao pódio, pensava que era mais rápido e não fui mudar de roupa, o que resultou numa bela paragem de digestão, não foi nada bonito!
Foto da WeRun
Obrigada João Mota, agora só tenho de ver se acerto a nutrição, que é o que falta acertar ;-) e manter o treino!

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(vou actualizando as fotos conforme for tendo acesso)

O registo no Strava:


O relive:

Relive '7° Trilho das Lampas'

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